sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Sonhos e Planejamento

Uma pessoa sem sonhos está muito próxima da depressão. Isso, se já não estiver nela. Acredito que duas coisas fundamentais contribuem para dar sentido à nossa existência, e se anconram no presente e no futuro. Com relação ao primeiro tempo mencionado, cumpre dizer que é tarefa difícil, porém obrigatória no meu modo de entender, a busca por um aqui e agora permeado por prazer e paz. Concordo que não é uma coisa simples de se fazer, especialmente nos grandes centros urbanos. Diante de um monte de obrigações das mais variadas naturezas e de tantos tormentos, paz e prazer podem parecer às vezes, inatingíveis. Entretanto, ainda é possível experienciá-los nas relações com as pessoas que nos são caras, em boas comidas, numa cerveja bem gelada, ao ouvir uma boa música, na igreja, ou mesmo, se estiver apenas deitado em sua cama, olhando para o teto. Pois bem. Agora em relação ao futuro, eis o segundo motor de nossas vidas. Eu tenho meus sonhos. E não são poucos. Afetivos, profissionais, financeiros, familiares, espirituais. Chego mesmo a me questionar se uma vida seria o suficiente para realizar todos. Mas, ignoro essa pergunta, e toco o barco da vida com confiança, fé e planejamento. Aí é que acredito morar a fronteira do presente com o futuro. Muitas pessoas sonham sim, é verdade. Só que, os sonhos ficam apenas no plano das idéias, centrados apenas nos objetivos finais. Muitas vezes, não se reflete profundamente sobre o caminho que se deveria tomar para consegui-los. O resultado disso é a insatisfação. Isso, porque, se com planejamento as coisas já são difíceis, sem ele tornam-se improváveis. Planejamos o futuro no presente. O planejamento é futuro e presente ao mesmo tempo. Um exemplo básico disso pode ser a construção de uma casa. Antes de mais nada, é preciso fazer a planta. Já imaginou construir uma casa sem planta? Seria caótico. Com a planta em mãos, a casa existe e não existe ao mesmo tempo. Seguindo este mapa (entenda-se caminho), é possível construir o sonho chamado casa. Pois na vida da gente é assim também. Antes de mais nada, vale a pergunta: quais são os meus sonhos? Depois da resposta, creio que essa indagação também seja importante: qual caminho pecorrer para alcançá-los? Com essas duas respostas em mão, todos nós nos tornamos potenciais realizadores dos sonhos, sem, é claro, nos descuidarmos do nosso presente. Sonhe, planeje e depois, execute!
Um abraço fraterno,
Douglas Amorim

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Dr. Douglas! Muito interessantes seus textos!
Eu também tenho muitos sonhos e, como você, penso que a melhor sensação da vida seja a paz. Mas o seu texto me levou a refletir sobre uma coisa: será que paz e prazer podem ser concomitantes?
É porque sinto que o prazer é explosão, enquanto que a paz é calmaria... neste sentido, seriam opostos.
É verdade que a sensação de paz é prazerosa, mas acredito que não se possa dizer o mesmo do inverso. Isso porque sentir prazer, algumas vezes, não traz a plenitude que a alma precisa. Por exemplo, se bebo além da conta, estou tendo prazer, mas não paz...
Ou será que a paz é um prazer na medida certa?
Viajei demais? rs
abraços!!!

Douglas Amorim disse...

Olá, Natália! Muito obrigado pelo seu comentário. A própósito, vou escrever sobre esse tema, no próximo artigo. Valeu pela sugestão! Grande abraço!