terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Sobre o assassinato do casal na Serra do Cipó

Começo com trechos da música - O CALIBRE -  dos Paralamas do Sucesso que, ao meu ver, ilustra o momento de violência atual de nossa sociedade
 
"Eu vivo sem saber até quando estou vivo, sem saber
o calibre do perigo - Eu não sei de onde vem o tiro"...

"E a vida já não é mais vida, NO CAOS NINGUÉM É CIDADÃO,
as promessas foram esquecidas, não há Estado, não há mais nação"...

"Perdido em números de guerra, rezando por dias de paz, não vê
que a sua vida aqui se encerra, com uma nota curta nos jornais"

Meu comentário:

Estou atordoado com esse caso do casal assassinado na Serra do Cipó. Se ser cidadão é ter direitos e deveres, como cidadão, sinto que tenho direito à segurança e à uma legislação que funcione de fato. Cumpro com meus deveres. Quero meus direitos. Como diz a música, "no caos ninguém é cidadão". A violência já passou dos limites do caos. Não somos cidadãos. Somos vítimas. Não sabemos de onde virá a violência, já que ela nos cerca por todas as partes. Esses assassinos, ladrões, canalhas, psicopatas, cometem essas barbáries, porque nossa legislação falha em dois aspectos. Os criminosos, ao terem certeza de que não haverá pena ou que, se houver, será branda, sentem que o crime acaba compensando. E assim o fazem. Após alguns dias, essas notas sairão dos jornais e novas notas, de mesmo ou igual teor, surgirão. Hoje vou dormir sem me sentir cidadão. O Estado no quesito segurança pública/legislação penal falhou; faliu. E o pior de tudo é estar à beira de perder as esperanças nesse quesito. "Eu não sei de onde vem (ou virá) o tiro". Eu não; todos nós.
 
Um abraço fraterno,
 
Douglas Amorim

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