segunda-feira, 29 de julho de 2013

O QUE PENSO SOBRE O PAPA FRANCISCO

O Papa Francisco é um grande exemplo. Sem querer entrar em nenhum tipo de querela religiosa, penso que ele representa muito do que Jesus Cristo quis ensinar à humanidade. O Papa Francisco é uma pessoa sim...ples que sorri, que abraça os seus semelhantes e que, pelo visto, acima de tudo, preza pela simplicidade. Usa sapatos comuns, anda em carros comuns, usa crucifixo de latão, dorme em quarto simples e, ao que tudo indica, se afasta de quase tudo que simboliza luxo e poder. Foi até engraçada a sua declaração quando foi eleito pelos cardeais. “Foram buscar um Papa lá no fim do mundo”, disse. Esse comportamento faz com que as pessoas se identifiquem mais com ele e, consequentemente, se aproximem mais de Deus. Como diz a música, “O Papa é Pop”. E é mesmo. Tem conta no twitter, envia mensagens simpáticas e inteligentes pela internet, conta piadas. O Papa é Pop, mas, é pop por ser uma pessoa simples, num cargo de líder espiritual e chefe de Estado. Isso fascina as pessoas pois, tudo que está relacionado a Deus, símbolo maior de poder no Cristianismo, está ligado à simplicidade. Daí, eu fiquei pensando que essa parte espiritual, independentemente da crença, acrescenta muito às pessoas. Principalmente nos tempos atuais, época em que as pessoas estão tão voltadas para as questões materiais e financeiras, em detrimento das afetivas e humanas. Na minha humilde opinião, uma das principais virtudes de Francisco é nos passar a mensagem de que precisamos de muito pouco pra viver bem. Não precisamos acumular tanto e tanto. Não precisamos ser tão gananciosos e passar por cima das pessoas para obtermos coisas que, possivelmente, nem venhamos a usufruir. Não estou incentivando ninguém aqui a fazer voto de pobreza mas, tão somente, convidá-los a refletir sobre a vida, que é muito mais do que um mero acúmulo de bens e dinheiro.
 
Um abraço fraterno,
Douglas Amorim

quarta-feira, 3 de julho de 2013

FIM DO PRIMEIRO CAPÍTULO SOBRE A TAL “CURA GAY”

No dia 02 de julho de 2013, o projeto de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), que ficou conhecido como “cura gay”, foi retirado da pauta e arquivado. Sendo assim, só poderá ser votado novamente em 2014. Esse projeto polêmico, pretendia alterar resoluções do Código de Ética do Conselho Federal de Psicologia, que proíbem os psicólogos de propor tratamentos para a alteração da identidade sexual dos pacientes, assim como, o fato de considerar a homossexualidade enquanto doença. Muitos estão comemorando tal fato mas, na minha opinião, ainda é cedo para tal. Penso que a vitória tenha sido apenas parcial porque, o atual presidente da comissão de direitos humanos da câmara dos deputados, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) escreveu em seu twitter que, em 2015, voltará com força total com essa ideia, uma vez que a bancada evangélica será mais numerosa. A retirada deste projeto de pauta foi, tão somente, uma manobra política do próprio PSDB, visto que, nos últimos dias, vimos milhares de manifestantes espalhados nas ruas, exigindo da classe política, entre outras coisas, a reprovação deste projeto. E, como 2014 é ano eleitoral, não compensaria comprar uma briga dessas nesse momento, não é mesmo? Quantos votos seriam perdidos? Portanto, ainda teremos mais capítulos sobre esse tema, infelizmente. Toda a área de saúde, do mundo inteiro, converge na direção de que homossexualidade não é doença. Para se ter uma ideia, apenas nas décadas de 1970 e 1980, a homossexualidade foi retirada da condição de transtorno mental pelas associações norte-americanas de Psicologia e Psiquiatria. Colocar este tipo de questionamento em discussão, nos tempos atuais, representa um retrocesso descabido. Não cabe ao Estado legislar sobre a intimidade das pessoas. Cabe sim, legislar adequadamente sobre temas como saúde, educação, transporte, combate à corrupção, coisa que os brasileiros não têm visto e que, por essa omissão, leva multidões insatisfeitas às ruas. Se homossexualidade fosse doença, como diria Freud, “iríamos qualificar como doentes, um grande número de pensadores que admiramos justamente em razão de sua saúde mental”. Isso sem falar em artistas, intelectuais, poetas, escritores, médicos, engenheiros, psicólogos, juízes, advogados etc etc etc...

Um abraço fraterno,
 
Douglas Amorim