segunda-feira, 6 de maio de 2013

Homossexualidade e a política brasileira

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da câmara federal, resolveu colocar em discussão, uma proposta que possibilita os psicólogos a TRATAR a homossexualidade. O objetivo maior é invalidar duas normas do Conselho Federal de Psicologia (CFP). A primeira, proíbe qualquer psicólogo de oferecer tratamento ou cura para a homossexualidade. A segunda, alert...a sobre opiniões que reforcem ou incitem preconceito aos homossexuais. O projeto é do deputado federal João Campos (PSDB-GO). Obviamente, um projeto como este só pode ser motivo de piada. Aliás, piada de mau gosto. Já faz 23 anos que a homossexualidade foi excluída da lista de doenças mentais pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Um projeto como este, retrata ainda o despreparo de muitas pessoas em conviver com pessoas que pensam, sentem e se comportam de forma diferente. Por anos, a homossexualidade foi colocada como sinônimo de perversão, promiscuidade e uso de drogas. Agora, se esses dois deputados estão falando em cura, é porque consideram os homossexuais pessoas doentes. E, classificar como doentes mentais, muitas pessoas que brilham, justamente pela sua saúde mental, é uma idiotice. Quantos escritores, pensadores, filósofos, músicos, esportistas, profissionais da saúde e de todas as áreas fazem e fizeram trabalhos importantíssimos para a humanidade? O próprio Sigmund Freud, respondendo em 1.935 (isso mesmo, 1.935!), uma carta enviada por uma mulher norte americana, mãe de um filho homossexual, escreveu: “A homossexualidade não é, certamente, nenhuma vantagem, mas não é nada de que se tenha de envergonhar; nenhum vício, nenhuma degradação, não pode ser classificada como doença; nós a consideramos como uma variação da função sexual.” Portanto, eu gostaria de pedir aos deputados citados que tentem concentrar seus esforços em projetos que sejam mais úteis ao país. Preocupar-se com as formas de desejo e afeto das pessoas é uma questão do indivíduo e não, do coletivo. Portanto, não há nada pra ser votado nesse sentido. Aliás, não há nada a ser curado também. #abandonemessaideiaretrógrada
 
Um abraço fraterno,
 
Douglas Amorim

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